domingo, 20 de fevereiro de 2011

A sedução do radicalismo político

Neste fim de semana participei de um retiro de formação católica, no qual o tema era "Introdução à Liturgia". O palestrante deu ênfase na missa católica rezada e praticada da melhor forma possível, a fim de se atingir um maior senso litúrgico, ou seja, uma fé acima até mesmo das normas eclesiásticas, mas nada abaixo do que um Deus realmente merece de nós. De fato, o palestrante deu um exemplo para o cotidiano de hoje, em que até a Igreja tem dificuldades de chamar os jovens e, para isso, acaba criando instrumentos de evangelização que, apesar de adentrar a cultura, acabam por serem muito temporários, por não desafiarem o jovem em toda a sua pessoa.

Para o jovem, isso acaba não bastando. Um exemplo foi dado: "não é à toa que tantos jovens adentram partidos marxistas, como o PT, ou nazistas, uma vez que o desafio do primeiro, acaba por chamá-lo, não somente para mudar completamente a realidade, mas também para fazer história, e o segundo, para derrubar o primeiro". Não há dúvidas da minha pessoa em relação a esta afirmação, uma vez que os jovens realmente procuram um desafio maior e tem forças para tal, mas que o desafio maior acaba sendo apresentado por radicais políticos que, aliados à imaturidade, acabam por transformar nossos jovens em maquinas de guerra.

As últimas mobilizações jovens demonstram isso, não somente no mundo árabe, mas também no Brasil. Em São Paulo, um garoto, via seu celular, acessou o Twitter e convocou seus colegas a protestar contra o aumento de R$ 0,30 no pão de queijo da cantina de sua escola. O protesto acabou por ser um sucesso, elogiado inclusive pelo dono da cantina da escola, que reconheceu que o jovem realmente cansou de sentar na frente da televisão ou do video-game e que agora quer buscar o que a sua geração não procurou buscar: o bem comum.

Porém, o bem comum pode ser apresentado ao jovem de várias formas, e a tendência é que seja apresentado agora de formas coletivistas, ou seja, que procuram um alinhamento material total ou parcial entre o coletivo, como deseja o PT. Seduzido por fazer história e por fazer o bem, o jovem pode ser um ser além do útil: pode ser eficaz e energético nas suas mudanças. Instrumentos ele tem para isso, através da internet.

O problema é que as gerações de hoje não conhecem os frutos ruins do radicalismo e não o fazem porque não são corretamente ensinadas. Entre o nazismo e o facismo da Segunda Guerra Mundial ou o comunismo da União Soviética e da China de Mao Tse Tung não há grandes diferenças, são todos radicais, totalitários e genocídas. Para a família, não basta esperar que a solução venha da escola, provavelmente ela não virá, pois a disciplina de história hoje é reproduzida com selos vermelhos e estrelas amarelas, o que representa uma fidelidade menor à história verdadeira e maior à revolução social através da "realidade" histórica, que não passa de outra esquizofrenia do pensamento marxista, que é um sério candidato a próxima posição política de seu filho.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Risco de extinção para os povos europeus

O vídeo abaixo trata da grande expansão muçulmana no mundo. Como já havia escrito no artigo "O Islã a toda força no Egito", o problema não é a religião muçulmana em si, dividida em centenas de facções com interpretações diferentes da lei islãmica, mas a aceitação que isso pode gerar em relação à sua missão, o Islã, que resulta, na maioria das vezes, na luta pelo fundamentalismo islãmico, prejudicando a liberdade religiosa e a própria dignidade da pessoa humana.

Sua expansão se dá por duas razões: (1) maior número de formação de famílias, em face da desvalorização ocidental da família; (2) aceitação pequena ou nula dos valores modernos, os chamados progressistas - que de progressistas nada tem.

Vale a pena conferir o vídeo:


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Por que política?

Política é a mais nobre das artes. É a arte de fazer o bem comum. Influencia eu, você, sua família, todos nós. É somente através da política que é possível fazer o bem comum, vez que a sociedade política, apesar de ampla, possui um ente perfeito chamado Estado, o verdadeiro promotor e motor do bem comum, sem ele nada é possível. Ele é perfeito porque possui todas as condições de satisfazer a nossa felicidade de forma subsidiária, seja prestando suas funções de promover saúde, bem-estar, justiça, educação, etc., ou seja promovendo, através de boas instituições que o formam, os bons valores que formam a moral e a consciência da pessoa.

Para uma pessoa, dizer que não gosta de política é a mais egoísta das falas, pois a ela é imbuída a função de "ser cidadão", uma função que requer que se ame e se lute pelo bem comum, mesmo que isso requeira à pessoa levantar-se da viciante televisão e de suas comodidades. É, muitas vezes, porque a pessoa não "gosta" de ser cidadã que elegemos pessoas de tão baixo nível para o Congresso Nacional, quando o voto, este sim, deveria valer ouro, e suas mobilizações políticas, que normalmente não acontecem, no mínimo prata.

Você poderia me responder portanto: "mas eu já tenho problemas demais para resolver". Sim! E você tem mais um! Você não sabia, nasceu sem saber que iria ter, mas infelizmente é assim que funciona a democracia.

Por isso escrevo, por isso me dôo de alguma forma a este blog. Após frustradas experiências políticas, se, a partir deste blog, uma pessoa me diz que começou a se interessar pela política e pelo nosso bem comum, já me sinto satisfeito. Esta é a minha missão, este é o meu trabalho em face de Deus: fazer e descobrir vocações políticas para que elas sejam trabalhadas ao máximo e sejam verdadeiros instrumentos de promoção do bem comum.

É o meu bom combate e conto com você para se juntar a mim, sempre que possível.


Escrito para a página "Por que política?".


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Acorda oposição! Ouçam os 44 milhões de brasileiros!

"Quanto mais mentiras falarem de nós, mais verdades falaremos deles", disse José Serra no lançamento de sua candidatura à Presidência da República. Isso não aconteceu. José Serra e o PSDB, além de terem sido coniventes com os projetos do PT, elogiando o endividado governo, declarando os benefícios do Bolsa Família e perdendo tempo que poderia ter sido utilizado para expor o passado terrorista de Dilma Rousseff - a conhecida Stela do VAR Palmares -, fizeram também a proeza de exporem o presidente Lula no seu programa eleitoral, na tentativa de dar uma idéia de "continuidade" do governo Lula. Ou seja, o PSDB declarou que era uma oposição que não era bem uma oposição. O que era? Eu não sei.

Mesmo não sendo bem uma oposição, José Serra, tendo como adversária uma pessoa que jamais se candidatou a um cargo político, conseguiu arrecadar 44 milhões de votos, muitos originados de uma polêmica que havia se criado em torno de um vídeo da candidata Dilma em que ela afirmava ser socialista e a favor do aborto, o que levou evangélicos e parte dos católicos, principalmente de São Paulo (através da CNBB Regional Sul 1) a aconselhar seus eleitores a não votarem na candidata. Analisando o fato, foram 44 milhões de votos brasileiros conservadores - uma vocábulo quase proibido para os dias de hoje -, em outras palavras, contra o aborto, contra o casamento gay, contra o socialismo, a favor da liberdade religiosa e contra todos os termos stalinistas do PNDH-3. E a "oposição" não viu isso. Importante mesmo era enfatizar a "saúde da mulher" enquanto estavamos na iminência de uma ditadura bolivariana.

Passadas as eleições, eleitos os governadores, Aécio Neves, que já havia se aliado ao PT quando foi governador de Minas Gerais, utilizou de seu protegè, o governador Antonio Anastasia, para apoiar o PT no seu novo projeto de retorno da CPMF. Anastasia foi o único governador da oposição que se juntou ao governo petista, manchando ainda mais a reputação do PSDB como oposição e declarando que os tucanos mineiros estavam prontos a entrar no governo Dilma, mesmo que somente debaixo dos lençóis, sem ninguém saber o que estava a acontecer.

Prova disso foi o ocorrido em novembro, quando o senador paranaense Alvaro Dias havia se declarado tacitamente um marxista e governista, votando contra o PMDB, o DEM e o PP, e junto com o PT, a favor da PEC 26/06, que permitiria que a população pudesse "sugerir" assuntos de relevância para serem votados em plebiscito, no maior estilo socialista bolivariano. O senador se justificou por twitter afirmando que a PEC 26/06 era "uma PEC morta". Mas afinal de contas, se era uma PEC morta, não foi ele o cúmplice em ressuscitar o gólem vermelho?

Mas a gota d'água para a "oposição" tucana foi a nota oficial do então presidente nacional do PSDB, José Aníbal, lamentando o boicote do PT à presença do PSDB no Congresso da Internacional Socialista, acusando os petistas inclusive de possuírem "traços conservadores indisfarçáveis", deixando os tucanos com figuras de bobos marxistas que, além de não serem uma oposição de verdade, não entendiam de onde vinham os seus 44 milhões de votos. Foi o momento que decidi não continuar no PSDB, mesmo que a estadual gaúcha, a qual eu fazia parte, nada tivesse a ver com as trapalhadas nacionais, pelo contrário, o deputado federal Cláudio Diaz, a quem tive orgulho de apoiar na campanha, foi implacável contra o governo petista, contra a entrada da Venezuela no Mercosul e contra o terrorismo feito por Tarso Genro, quando Ministro da Justiça, em que ele transformou a Polícia Federal do RS em sua Gestapo pessoal, eliminando inimigos, inventando mentiras e jogando-as na mídia gaúcha, que, muito agradecida, ajudou a elege-lo.

O formador de líderes John C. Maxwell, em seu livro Leadership Gold, afirma que a maior liderança é aquela que erra, mas no fim, reconhece os seus erros, mas, além disso, também conhece o seu meio, as pessoas a quem representa e lidera. Para mim, nenhuma derrota é maior que a derrota para si mesmo, e nenhum guerreiro é pior do que o guerreiro que se alia com inimigo, ainda mais quando este inimigo é um inimigo da sociedade, do bem comum, da nossa moral e da nossa democracia, como é o PT.